Ahh... sim mais um detalhe, num colocam mais pessoas acima limite que influencia diretamente no conforto do frequentador, mesmo com casa cheia, vc perambula e utiliza banheiros e bares, sem enlouquecer.
Dentro dessa organização toda nada mais natural que os shows começarem na hora e mesmo com uma galera do lado de fora papeando o Condutores de Cadáver entra no palco, liderados pelo sempre carismático Indião.
Condutores é uma das primeiríssimas bandas de punk no Brasil, mas perdeu o bonde dos dois primeiros LPs nacionais: Grito Suburbano e SUB e assim como muitas outras na época acabou ficando pra trás.
Seu som é um pouco diferente de outras da época, mais refinado em termo de letras e nunca preocupado em ser hit e sim cuspir no mundo as insatisfações da banda. Com isso fica um pouco mais restrita aos verdadeiros conhecedor do punk rock, o que tornou o show um pouco menos agitado, fato que mudou quando entoaram o seu maior sucesso e que sempre levanta qualquer publico: Desiquilíbrio.
Mas o mais legal era ver a emoção dos antigos punk, como Índio e Helinho de estarem de volta ao palco revivendo o passado de 30 anos. Quem percebeu a essência do show sacou a emoção que eles sentiam.
Índio - Condutores de Cadáver |
Na sequencia Restos de Nada com o mestre Ariel, muita gente deve conhece-lo pelo trampo nos Invasores de Cerebro, mas nessa night era pra rememorar e da-lhe Restos.
Como sempre Ariel rouba a cena e "encena" musica a musica... acho que podemos chama-lo do Iggy Pop brasileiro merecidamente.
Eu não consigo lembrar de um vocal com performance mais porreta que a dele.
Nesse gás todo a galera entra no pique e dança e canta junto.
Quem viu ele agitando em: Pré-História num esquece não. Além desse clássico tivemos outros como:
Direito a Preguiça e a hilaria Turma da Carolina (eternizada em CD pelo RDP).
Pra finalizar Ariel decide fazer um cover mais que divertido do MC5 e como ele disse, vamos nois no "enrolation"....terminando o show com chave de ouro, diversão máxima.
Luiz e Ariel - Condutores de |
Cadáver
Ariel e Luiz - Condutores de Cadáver |
Substituir o Redson num é nada fácil e pra tentar isso, vieram com um vocal e um guitarra e separado, o que pra mim ajudou muito, duvido que alguém fazendo as duas funções fizesse juz as performances de Redson.
Mas assim que o primeiro som rolou, fiquei feliz com que escutava e enxergava. Anselmo (na guitarra) e Wendel (no vocal) deram conta do recado e tivemos um ótimo show repletos de clássicos como a data comemorativa pedia.
O que mais me deixou contente é que Wendel, não tenta imitar o Redson e apesar de ter um estilo e voz muito parecidas com a do Redson, ele é ele mesmo e isso tranquilizou, pois não queria ver o Cólera fazendo cover de Cólera.
Na minha cabeça agora só ficou uma duvida que caminho o Cólera vai tomar???? Eu espero que um dos dois que imaginei.
1- Abraçar o esquema da continuação da banda e com isso fazer musicas novas e criar a nova identidade do Cólera.
2- Manter a banda pra momentos especiais, fazer alguns show por ano em ocasiões especiais.
De qualquer modo ficarei torcendo pra que tudo de certo, pois curto muito o Cólera.
Val e Wendel - Cólera |
Fim da sexta e bora pra casa afinal sábado tem mais.... mas deixo isso pra um próximo post.
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